Ainda não sei se escrevo por amar demais ou se amo demais
para poder escrever. Sei que é o amor responsável pelas linhas que crio, sejam
elas histórias, sejam apenas devaneios, sejam verdade ou pura imaginação. É
tudo culpa do amor. Aquele que eu escolhi como meu onipresente e onipotente
senhor. Por ele eu me humilho, me subjugo, sacrifico, obedeço, enfrento. Por
ele eu canto e silencio, choro, sorrio e clamo.
Pode-se dizer que é uma relação
de fé às vezes. Ele é um tanto quanto abstrato. No entanto, realiza milagres para se
concretizar.
Sou dele pela fé e pelas obras. Por completo. Cumpro as
penitências dos meus pecados, mas não por ordem. Meu senhor nada ordena. Elas
vêm como consequência e eu as aceito, porque por ele, com ele e nele eu sou
todas as coisas.
E esse, como mais um de meus devaneios, trouxe-me uma conclusão. Não importa qual seja o
ser que nós seres humanos temos como superior, no final das contas o tratamos
sempre da mesma maneira: submissos.
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