terça-feira, 10 de abril de 2012

Cativa inveja

Na vizinhança há uma roseira que cresce como se não houvesse amanhã. E suas rosas brotam com a segurança de terem sido feitas só para isso. E por essa razão são belas. Ruborizadamente belas.
A inveja? É que a roseira cresce em um quintal que não é o meu. Eu não posso cuida-la. Mas, um dia tomei coragem e invadi aquela propriedade alheia. Não roubei um botão sequer. O que para mim foi o milagre de não cair em tentação. Minha inveja invadiu aquele quintal e cuidou da roseira que eu não podia chamar de minha.