(Foto: Zeca Ribeiro)
Muitas postagens estão sendo feitas sobre as opiniões homofóbicas do nosso atual - espero que não efetivo - presidente da comissão de direitos humanos. Mas, para mim, muito mais sérios foram os pronunciamentos dele, sejam recentes ou não - porque ele ainda não se redimiu e nem se deu ao trabalho de explica-las -, sobre o continente e o povo africano. Ele os trata como amaldiçoados, tentando justificar as dificuldades enfrentadas pelo povo africano em cada canto daquele imenso continente e também fora dele. Povo que não bastando ser atacado em sua própria terra foi levado dela para viver como ser inferior em outros cantos do mundo. E que cor eram as mãos dos que os carregaram pra fora da África e banharam o continente com o próprio sangue negro? Poderiam ser ROXAS aquelas mãos, mas com toda a certeza não eram mãos divinas, essas mãos também sangraram. É o homem como lobo do homem, nem mais, nem menos.
E é muito feio - não achei expressão melhor - da parte de qualquer religioso usar o nome do seu deus para justificar essa involução da humanidade, como se nós não tivéssemos uma dívida histórica, ao meu ver impagável, com essa nação.
Uma Comissão de Direitos Humanos visa o alcance de direitos historicamente negados as minorias (no sentido científico da palavra), não a justificação da violação desses direitos. Portanto, me perdoem se eu, Brasileira nata, residente em um país regado pelo suor negro, branco, pardo, mulato, amarelo, espero do meu presidente da Comissão Nacional de Direitos humanos uma posição e um histórico completamente diferente do Pr. Marco Feliciano.
Mas, se ele insistir em maldição proponho a união de todos os "sacerdotes" das religiões afro-brasileiras para fazermos uma grande "macumba" e tirarmos esse cara do banco mais alto da NOSSA Comissão!
" ... e de tudo o que plantaram nada lhes restou... nem da terra, nem dos frutos. Apenas a liberdade! "