Um homem jamais poderá banhar-se duas vezes no mesmo rio,
pois da segunda vez que tocar seu corpo na água o rio já não será mais o mesmo
daquele que o banhou na primeira vez, nem o mesmo homem.
Quando meus olhos alcançaram as paisagens de beira de
estrada e os meus pulmões se encheram desse ar remotamente familiar, eu tive a
experiência concreta dessa filosofia. Só o meu rio que aparentemente era
exatamente o mesmo, aparentemente intacto, como se estivesse me esperando todos
esses anos para refletir a imagem de um espírito que eu ainda não havia visto.
O “rio” me deu a certeza de que eu não era mais a mesma.
[ Eu até poderia esclarecer com mais detalhes esse momento da minha vida, mas, acho que tudo fica tão mais interessante quando é subjetivo. Foi mal ;) ]