sábado, 16 de abril de 2011

Uma história alheia: Miguel

Achei interessante e digno de ser postado e conhecido.
Conheçam o Miguel:



" É difícil de acreditar. Alias, quase ninguém acredita. A minha loucura não vem de nenhuma substância. Sim, eu bebo, mas não socialmente. Odeio fazer qualquer coisa que seja meramente social.
Que fique claro que bebo. Que já fumei. Mas, acho que isso não faz a menos diferença em tudo que busco.
Enfim, essa é uma das minhas partes humanas. Há muitas outras. Posso dizer que sou um dos seres que mais se sente humano.


Paixão!


Junto com os vícios eu carrego as paixões. A literatura, a música, a história, filosofia, o conhecimento... São grandes, e posso dizer que minhas, paixões. Mas eu não seria tão humano se não me desse ao luxo de me apaixonar pela minha própria espécie.


As mulheres.


Confesso meu encanto por elas. E isso não é tão óbvio quanto parece. Não é por ser homem que eu necessariamente deva me apaixonar por mulheres.
Que monótono seria se o coração humano se fosse tão simples de lidar.
Mas esse não é o mérito. Nem meus vícios, nem minhas paixões. E nem ambos de forma geral. Na verdade não há mérito. O ponto é simples: o Miguel, eu, o que sou. E sinceramente não vejo mérito nenhum em ser o que se é. E nesse mundo há divergências sobre isso. Acredite!


É bem provável que alguns desavisados ainda estejam buscando o sentido tantas/tontas linhas. Não se iluda meu caro, minha cara e até os mais baratos - uma quase piada. Buscar sentido no meu discurso é o mesmo que buscar o sentido da vida: é utopia. E mesmo quando se acha, logo se abandona o encontrado atrás de algo melhor, com mais verdade, e assim vai... e vai ... e assim vamos... vamos conhecendo um pouco mais desse tal Miguel que eu tento ser. "