segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um breve ensaio sobre o mar, a lua e ....

Se há alguma coisa nesse mundo do gênero masculino capaz de me tomar por completo, como antigamente os homens tomavam suas esposas, esse algo é o mar. 
Mas, é muito mais antigo e conhecido o seu caso com a lua. Romance apadrinhado pelas estrelas e abençoado por todos os poetas beira-mar.
E nesse casamento selado muito além do tempo, nunca se sabe ao certo quem possui e quem é possuído. O mar retém sua amada refletida em cada molécula de suas águas salgadas enquanto ela, lua, brinca com a altura das marés do que parece indomável. 
Talvez o amor deva ser assim mesmo. Nunca ter. Sempre ser. De preferência de forma tão ligada que se vê quase apenas um.
Se não posso me enamorar do mar, que ele ao menos tenha a bondade de me trazer um amor, mesmo que impossível.  Creio que sentimentos fortes têm o poder de tonar o impossível tão somente improvável. 
Essa fé que tenho acaba mergulhando a minha vida em dezenas de sonhos improváveis. Sem mais e nem um pouco menos.